comunicação Últimas Notícias

Deficiência de armazenagem ameaça o agronegócio de SC (MB Comunicação)

Compartilhar

SantaCatarina investiu, no período 2013/2014, cerca de 80 milhões de reais naconstrução de silos e armazéns com capacidade para 140 mil toneladas de grãos.É um investimento razoável, mas, insuficiente em razão da elevada escassezdessas estruturas em território barriga-verde.

A atualcapacidade de armazenamento de cereais é de pouco mais que 4 milhões detoneladas para uma produção estadual total de 6,5 milhões de toneladas degrãos, gerando um déficit de 40% das necessidades. O ideal, em qualquer país domundo, é uma estrutura de silos e armazéns para, no mínimo, 120% da produção.

Conscientede que a deficiência da armazenagem causa grandes estragos à economiacatarinense e se agrava a cada nova safra agrícola, o presidente Marcos AntônioZordan da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc) quermudar essa realidade.

O problemaatinge as 53 cooperativas agropecuárias filiadas e seus 63.000 produtoresrurais associados. Essas cooperativas dispõem de silos e armazéns próprios para2,1 milhões de toneladas de grãos o que, somadas às unidades terceirizadas (178mil toneladas), totaliza uma capacidade total de armazenagem do sistemacooperativista em 2,3 milhões de toneladas.

O dirigenteenfatiza que as cooperativas são, praticamente, as únicas a investir: nosúltimos anos elas destinaram cerca de R$ 150 milhões de reais, ampliando acapacidade instalada em 250.000 toneladas.

Levantamentoda Ocesc concluiu que são necessários 42 novos armazéns em 41 cidades, operadospor 22 cooperativas agropecuárias com capacidade total de aproximadamente520.000 toneladas, o que exigirá investimentos da ordem de R$ 246 milhões dereais.

O GovernoFederal criou no ano passado o Programa de Construção e Ampliação de Armazéns(PCA), com recursos, via Banco do Brasil e Banco Nacional de DesenvolvimentoEconômico e Social (BNDES) para alavancar a armazenagem brasileira nos próximoscinco anos. O prazo é de 15 anos e os encargos de 4% ao ano. As cooperativas eos produtores tomam financiamentos através do PCA e o Governo do Estado paga50% dos encargos financeiros (juros). Marcos Zordan assinala que “essacooperação do Estado é importante porque o investimento é elevado, o retorno émuito lento e os encargos financeiros são altos em face da sua naturezaoperativa”.

O plano dearmazenagem prevê 500 milhões de reais de investimentos na esfera estadual parageração de 1 milhão de toneladas em capacidade armazenadora. Até agora foramtomados apenas 16% do valor disponível para 14% da capacidade estática dearmazenamento.

Zordanrealça que é necessário estimular concretamente a ampliação da rede de armazénscom linhas específicas de crédito para construção, compra de equipamentos ereforma de unidades existentes, além de incentivar a armazenagem na propriedadeporque “armazéns são empreendimentos de alto custo e baixo retorno, as obrasdependem de licenças ambientais, construtoras e mão de obra em um período degrande escassez de recursos humanos.”

ESTRUTURAL

A falta dearmazéns é um problema estrutural com profundos reflexos no nível de renda dosprodutores. Como os armazéns disponíveis são insuficientes para receber eestocar a produção, uma das alternativas para amenizar essa dificuldade é aexportação dos produtos para outros países, especialmente o milho, para posteriorimportação de outros estados para atender as necessidades, pois o Estado égrande consumidor de grãos. Com esta operação Santa Catarina perde emarrecadação já que sobre o produto exportado não incide ICMS. Na internação deprodutos de outros Estados é gerado crédito do imposto. “Se houvesse armazém, oprodutor venderia a produção no momento mais adequado”.

A Ocescconstatou que o problema atinge a todos os atores da cadeia produtiva. Cominsuficiência de armazéns, o produtor é obrigado a vender o produto agrícola emplena safra, momento em que os preços estão naturalmente em queda em razão daalta oferta. A indústria também sofre prejuízos porque vê a matéria-prima serexportada, sabendo que terá, mais tarde, que reimportá-la para o processoindustrial, pagando mais caro. Ao final, o consumidor pagará mais pelo alimento– seja carne, leite ou cereais – e o Estado, também, pelos créditos de ICMS.

MBComunicação

Aurora Coop Fecoagro Ocesc Somoscoop

Empresa Solidária:

Empresa Solidária
2025 Cooper A1 - Todos os Direitos Reservados
Razão Social: Cooperativa A1 | CNPJ/MF: 03.470.626/0001-50